Uma viagem ao paraíso, nas ilhas dos Bijagós, se transformou num pesadelo horrível. O Tempo tinha que encontrar a sua amada Maria. O que ele não esperava, eram os obstáculos que deveria enfrentar antes de realizar o seu sonho. Bubaque de repente começou a distanciar, levando com ele, a Maria sem fala, sem gestos e completamente paralisada. Se o Tempo soubesse, renunciaria a essa viagem sem fim, com um perfume de morte. A fronteira entre o Divino e a ciência, entre o real e o milagroso, tudo se misturou para que o encontro do Tempo e da Maria não se realize. Um homem não desafia o Oceano, em fúria, e de lá sair triunfante, sem a presença Divina. Foi o que pensou o Tempo. Para um ateu como ele, a existência de Deus começa no momento de aflição, de desespero, de enfrentar a morte em face. Só um amor puro, forte e transcendente pode engendrar milagres.