Márcio Capitão é um jovem de 29 anos. Nascido e criado na região do Douro, desde cedo se apaixonou pelas palavras que, de certa forma, o ajudam a transpor para fora de si a sua alma escondida. A narrativa apresentada quase escrita em forma de diário relata a história de um primeiro amor e como todas as primeiras paixões os sentimentos são relatados com a maior das magias. Retalhos de uma Paixão evoca o amor. Um amor que o foi sendo à medida que o tempo ia passando. Um amor que se iniciou com um olhar simples e se fortaleceu com o maior e lindo dos sorrisos. O sorriso dela! O sorriso de anjo! Este amor é o sentimento de Livre Solitário. Ele sofre com a sua ausência, com a sua frieza com a sua distância, mas, apesar de serem de mundos diferentes, o seu íntimo fá-lo acreditar que um futuro será possível e por isso continua a lutar por esse amor. A beleza exterior conjugada com a malícia própria do ser da mulher faz de Sorriso de Anjo a provocação real e o seu desejo de a amar aumenta a cada dia. As promessas dela alimentam-no, mas a solidão fá-lo perceber a realidade em que se encontra, a amargura do vazio! Sonha dentro de si esse amor, descreve passo a passo toda a vontade que tem em fazer cumprir o seu desejo, mas percebe que pode nunca a ter na sua plenitude. A obra expõe-nos uma declaração de amor de sentimentos sofridos que ambicionam felicidade conjunta, mas enganada por uma alegria efémera. O amor é sem dúvida a tónica desta obra, mas ressalve-se que a dedicação prestada à mulher neste texto é um autêntico hino às características de todas as mulheres que se sentem amadas. Alina Sousa Vaz