Cabe-me a tarefa honrosa de apresentar este livro ao público e falar um pouco da sua autora. Há alguns tempos os nossos caminhos cruzaram-se através da música e com muito interesse me apercebi do desenvolvimento paralelo de uma carreira sólida na escrita infantil. A escrita da Margarida é rica e transmite o à vontade com que lida com a língua portuguesa e com as crianças. Surgindo esta nova estória após uma outra muito bem conseguida, os leitores fiéis galgarão as minhas palavras com rapidez na expectativa de começar a ler as peripécias do Quininho e do Tom. Depois das aventuras de Valdemar, o gafanhoto alentejano que procura o seu espaço entre os lugares que lhe dão o nome - o vale e o mar -, surge-nos agora uma fábula sobre o crescimento e a amizade. A personagem principal é um sapinho que desta feita não é um ser vivo, mas sim uma figura animada pela imaginação das crianças e que tem muita vontade própria. A estória que se desenrola inicialmente dentro da família de Quininho e das suas relações familiares ternas, evolui para uma descrição colorida do ambiente rural do sul de Portugal, dos seus sons, cheiros e paisagens. Eu espero que gostem deste livro tanto quanto eu, que tive o privilégio de o ler antes de ser publicado, e que contém todos os ingredientes para encantar qualquer leitor. João Martins Colónia, 20 de março de 2015