Quando o Universo nos impele numa corrida desenfreada pela vida, é muitas vezes noutra dimensão que nos encontramos e reencontramos com o nosso próprio ?Eu?. É nesse seu paralelo que a autora nos deixa entrar, numa viagem entre o verso e a prosa, numa linguagem por vezes fina e subtil, outras robusta e encrespada. Um espelho de alma! De uma alma desnudada por um jogo de palavras de quem sabe usar esta língua, onde não se escreve da mesma forma, (como não se vive), o ?ser? e o ?estar?. São palavras ora sussurradas em sensualidade arrebatadora, ora gritadas de mágoa e revolta, num misto de sentimentos e emoções que mostra por inteiro. Ler a expressão poética de quem cavalga a vida tantas vezes em contratempo, é saborearmos momentos sem tempo mas com uma única certeza, a de que encontraremos sempre um Avisador de Estações.