Nos anos oitenta, Asturies, comunidade espanhola da costa atlântica, vive um movimento de recuperação da língua asturiana e de renovação da literatura. Neste processo, à procura de outras tradições literárias que enriqueceram a própria, a paixão pela língua e pela literatura portuguesas é fundamental. Desde 1985, com a chegada da tradução asturiana de Memória doutro rio, de Eugénio de Andrade, os nomes de Jorge de Sena, Sophia de Mello, João Camilo, entre outros, tornaram-se para os escritores asturianos um espelho para se olhar, do qual surgiram palavras contra a obscuridade. Esta antologia recolhe estas vozes e esta dívida asturiana para com Portugal