Os festivais musicais demonstram uma atração todos os anos: Portugal ao longo da primavera/verão é um palco festivaleiro. Desde maio até final de agosto/setembro, todos os eventos de festivais, que ocorrem em vários pontos geográficos do país, tentam aliciar o público com cartazes de artistas convidados, os preços mais competitivos e a localização escolhida. Porém, o agrupamento de milhares de pessoas, que seduzidas pelos festivais de verão, demonstra uma necessidade de nomadismo, tem por caraterísticas a liberdade, a mobilidade e o anonimato. Dentro de muita exultação, paixão, convívios partilhados, existe o lado negro, oculto aos públicos Este tipo de eventos potência um forte agrupamento de pessoas, nacionais e estrangeiras, que apresentam maior vulnerabilidade a ações perversas de grupos, e o aumento, de modo geral, das atividades de criminosos. Do crime de furto, passando pelo tráfico de estupefacientes, a fraude fiscal, o branqueamento de capitais, todos corroboram uma maior compreensão científica do fenómeno. Este estudo visa observar e identificar os diversos tipos de crimes, bem como a sua dimensão, perpetrados no contexto de eventos públicos como, entre outros, festivais, concertos, festas populares ou raves.