Elena Ceausescu existiu. Foi esposa do ditador comunista romeno Nicolae Ceausescu. Durante o regime do seu marido, tal como ele, foi objeto de um culto de personalidade forçado, recebendo o cognome de ?mãe da pátria?. Demonstrava grande vaidade e procurava ainda mais honrarias que o seu marido.
Apesar de ter abandonado a escola aos 14 anos, Elena Ceausescu recebeu o diploma de doutorada em química dos polímeros pela Universidade de Bucareste, com distinção, como melhor aluna de uma turma de 100 mulheres, mesmo sem completar uma licenciatura. A sua tese apresentava 162 páginas e descrevia a invenção de um material artificial importante. Os seus detratores defendem que seria muito improvável que uma trabalhadora fabril cujo ensino terminara aos 14 anos pudesse escrever uma tal tese.
A maior parte das universidades respeitáveis do ocidente não reconhece o alegado mérito científico de Elena Ceausescu. No entanto, ao longo da sua carreira, recebeu diversos prémios honorários e de mérito científico. Em Portugal, recebeu o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, em 12 de junho de 1975.
Após a queda de Nicolae Ceausescu, em 1989, apareceram vários cientistas romenos a afirmar que tinham sido forçados a escrever artigos científicos em nome de Elena Ceausescu e que a universidade só lhe outorgara o grau de doutora devido à sua posição política.
Tal como os cientistas romenos de então, o presente livro cria também artigos científicos falsos para Elena Ceausescu, num tom de paródia, sem qualquer fundamento científico. Foram escritos sobretudo no início da década de 2000, apesar de apresentarem datas falsas contemporâneas de Elena, meramente para aumentar a sua verosimilhança histórica.