Em Serra Vermelha, naquele ano, ocorreu um evento incomum: homem e terra tornaram-se um só. Do terreno fértil, nasceu o fruto; do alimento, seu saudável desenvolvimento. Primeiro, foi necessário cuidar; e a plantação sempre precede a colheita. Café e amor confundiam-se, naqueles montes verdes. Tanto em um, quanto em outro, seu gosto haveria de ser pessoal. Uns provariam puro; outros, o adoçariam. Às vezes, amargaria e, às vezes, acordaria. Haveria quem o provaria e desgostaria; e quem jamais teria vontade de provar. Haveria, ainda, os que morreriam sem jamais ter ouvido falar e os que, de tanto embebedar-se, viciar-se-iam.