As loucas viagens sem fim levam-me ao fim do mundo. Quando saí de casa, ontem, ainda eras quarto crescente fervente do desconhecido, à noite lua nova e hoje mesmo quarto crescente em mim a florescer na pele. As ligações banais do mundo fervescente agora fazem sentido, ao fazerem parte daquilo que, definitivamente, não se encaixa em ti. Agora és livre, és livre do pranto, és livre do homem, és livre de ti. Tudo agora é uma bomba relógio, até ao momento em que fores possuída e caíres em ti, sem ego, te despires e te devorares, te encontrares. Enquanto as horas passam o desejo corre e logo serás cheia, a transbordar de amor, sem te conteres e sem quereres vais desaguar em mim. Tu, que ontem deixei.