Assumindo a sociedade atual o paradigma do desenvolvimento sustentável como modelo capaz de garantir uma gestão equilibrada dos recursos atuais que não comprometa o futuro das gerações vindouras, é fundamental compreender o instrumento da Agenda 21 Local (A21L), ferramenta saída da Conferência do Rio, em 1992, que se apresenta como uma resposta internacional aos objetivos da sustentabilidade. Ao constituir-se como país signatário da Declaração do Rio, Portugal assumiu o compromisso de cooperar internacionalmente para a aplicação deste instrumento. Todavia, a resposta de Portugal, em matéria de A21L, foi pouco conseguida, marcada por um arranque ténue, desconcertado e disperso, a que acresce o caráter dúbio que caracterizou a natureza dos primeiros processos e que, no quadro internacional, atira Portugal para o grupo de países europeus que mais tardiamente conseguiram responder ao apelo da comunidade internacional no que se refere à implementação de A21L. Neste âmbito, este livro aprofunda o conhecimento sobre este instrumento no quadro das experiências de Agenda 21 Local implementadas em diferentes escalas de análise (mundial, europeu e nacional). Com esta obra analisa-se os objetivos, características e resultados dos processos de Agenda, dando enfase aos aspetos que mais desafiaram e concorreram para o (in)sucesso da aplicação deste instrumento de sustentabilidade no território português.