A vida dá-nos surpresas. Acontecem coisas inesperadas, complexas e incríveis, parecendo não haver espaço para a razão, tornando-se difícil encontrar explicações, por voltas que se deem e argumentos que se procurem. Os planos que se fazem com tempo, cuidado e lógica podem ser totalmente alterados de um momento para outro, por motivos aparentemente estranhos, surpreendentes ou incompreensíveis. Por isso o povo diz, na sua sabedoria, que o futuro a Deus pertence. Não se sabe com certeza o que se passará no dia seguinte. E é verdade, não é fácil prever com exatidão o que vai acontecer amanhã. Pode ter-se uma ideia, fazer-se um cálculo aproximado, preparar-se, mas saber-se com certeza absoluta é que não. Só sabemos ? se é que sabemos ? do presente e do passado, se a memória o quiser deixar, não nos pregando uma das suas frequentes partidas. É no meio da incerteza que se fala do destino. Há quem pense que tudo está previamente traçado para cada pessoa, quando se nasce, e que o que se faz é o que está previamente estabelecido, nem mais nem menos.