«Na noite anterior tendo dado por falta dela na cama, foi procurá-la. Não a encontrando no sítio que usávamos como retrete, voltou atrás para buscar o machado, disposto a matá-la e ao homem que estivesse com ela. Não era a primeira vez que acontecia ausentar-se de noite. Algumas vezes dava desculpas esfarrapadas ... ... ... mas naquela noite ela não teve como se desculpar. Tinha saído de casa só em combinação. Não sei como ela conseguiu entrar na vila. Penso que com roupas emprestadas. Nunca lhe perguntei, e hoje já não está em condições de responder.» Se me livro desta acho que não me meto noutra. Desejo o amor; o amor carnal, o amor paixão, o amor que faz loucuras nas nossas cabeças, nas nossas vidas. Aquele amor que faz subir a pressão arterial, aquele amor que é belo e faz doer. Que faz o coração e o sangue andarem mais rápidos. Aquele amor que nós vemos nos olhos do outro e nos faz esquecer tudo o que existe à volta. Pois...desejo. Será que quero? Será que isso seria bom para mim? Desejo com o coração, penso com a cabeça e o resultado é: desejo e não quero.