Podendo com alguma ligeireza ser catalogado como literatura de viagens, o presente livro propõe-se ir mais longe. Irreverente, e a espaços provocatório, assume-se, não menos, como uma singular crónica de costumes onde cada um pode, facilmente, rever-se, até interrogar-se. à margem das margens nunca culpes o rio Norma Z, intemporal e cúmplice, renasce sempre que, de nós, nos sobra desejo da vontade. Um dia convidei-a para irmos até Madagáscar. Norma Z adiou-se. Nem por isso deixei de ir, nem por isso a deixei ficar. Levei-a num diálogo tão partilhado quanto virtual, singeleza contente de que dou conta. E conto. Chego a ter ciúmes do tempo que te desfruta enquanto lhe facilito a vida e ando por aí a vagabundear, como por vezes não te inibes de dizer, largado pelo planeta, só, só encavalitado na minha inquietação, sem Sancho nem Rocinante que me escoltem, cuidem, amem. Incondicionalmente, como tu. disse à Norma Z Intriga-me como é que depois de tantos anos ainda continuas a dedicar-me certas ternuras que só me comovem... Estás a precisar de colinho. Mas ainda nos falta muito dessa viagem? disse-me Norma Z Em à margem das margens nunca culpes o rio o leitor entremeará assunto sério com sorrisos, incomuns lógicas com genuína aventura.