Buscamos o paraíso enclausurando-nos nas crenças, submetendo-nos aos preceitos e proibições; constitui-se em eterno tormento. Padecemos dos inevitáveis e infindos pecados, portanto, eternos clamadores por perdões, sempre submissos e culpados. O puro amor, quando adoecido pela proibição, desemboca na tormentosa paixão; esta, caprichosamente, maltrata e até mata. Não se trata do destino. Contudo, de um erro monstruoso; quando, enquanto sociedade dita civilizada, interferimos no comportamento natural e original dos instintos. A intromissão desta sociedade evoluída, no substrato dos puros de nascença, onde sempre habitaram, resulta em genocídio; ou, no mínimo, na inversão da primitiva mente, desmantelando assim a natureza cultural. Rudá, do alto de seu poder, tanto ama quanto atormenta e vinga. Paradoxalmente, odeia, até. Assim, mantém o seu reinado, subjugando os demais espíritos. Todos! Este livro não pretende destruir conceitos.