Vivemos um tempo de transições na política internacional e de incertezas sobre os relacionamentos entre as grandes potências. No entanto, somos sistematicamente confrontados com teses demasiado definitivas, como a do «século do Pacífico», a do «declínio do Ocidente», a da «ascensão pacífica da China» ou a do «unilateralismo americano». Este ensaio procura questionar estes e outros axiomas, desligando a dinâmica ascensional asiática de um aparente ocaso ocidental e defendendo estar em curso um ressurgimento silencioso do Atlântico capaz de o recentrar na geopolítica do século XXI, potenciando a posição geográfica de Portugal e maximizando a sua política externa.