?É um livro por vezes comovente, com laivos da sensibilidade contida do Graciliano Ramos da seca extrema e, por outro lado, também da poesia ingénua e genial do Guimarães Rosa de Miguilim, retrato inigualável da infância. Herdeira natural desses dois gigantes da literatura lusófona, Mara Nóbrega anuncia-se como um caso a seguir com atenção, após este Oiticica...?. Américo Guerreiro de Sousa Autor de Os Cornos de Cronos ?Belo romance, este ? Oiticica ?, com que Mara Nóbrega inicia os seus passos na longa ficção; bela a linguagem da sua narrativa; denso o teor com que a autora mantém a curiosidade do leitor, cativando até a última página do enredo, no qual lições de vida e de amor ao próximo nos são reveladas e ensinadas com a sabedoria da maturidade?. Dimas Macedo Da Academia Cearense de Letras Seduziu-me neste romance a forma original como a jovem autora soube distribuir a estória: em planos intercalados onde a vida de Silas, o protagonista, é ordenada como os gomos de um fruto, ora criança maravilhada, ora adulto vigoroso, ora criança novamente, ora velho e doente, ora de novo criança... O ciclo desta existência encerra como começou no seio enlevado da Natureza, sob o signo forte da chuva, aspiração máxima da criança no início do romance, causa final da morte do homem, a fechálo. É um livro por vezes comovente, com laivos da sensibilidade contida do Graciliano Ramos da seca extrema e, por outro lado, também da poesia ingénua e genial do Guimarães Rosa de Miguilim, retrato inigualável da infância. Herdeira natural desses dois gigantes da literatura lusófona, Mara Nóbrega anuncia-se como um caso a seguir com atenção, após este Oiticica, que é nome de árvore sendo igualmente o nome da fazenda onde decorre este belo livro. Américo Guerreiro de Sousa Lisboa, Novembro de 2014