Argumento de Nao a Morte Das Linguas
Este livro foi escrito na esperança de contribuir, ainda que modestamente, para a tomada de consciência de uma necessidade, a de fazer todo o possível para impedir que as culturas humanas caiam no esquecimento. Uma das manifestações mais elevadas e, ao mesmo tempo, banalmente quotidianas, dessas culturas, são as línguas dos homens. As línguas, ou seja, muito simplesmente, o que os homens têm de mais humano. Tal como as civilizações, as línguas são mortais. Assim, este livro pretende mostrar três verdades - primeiro, que as línguas são provavelmente o que as culturas humanas têm de mais vivo; segundo, que elas são mortais e que morrem em quantidades impressionantes e a um ritmo assustador, se não se lutar pela sua manutenção; terceiro, que a sua morte não é um aniquilamento definitivo e que algumas renascem, se se souber promovê-las.0