RESUMO: Tomando como ponto de partida a conferência de 1942 pronunciada por Manuel Bandeira para celebrar o Centenário de Stéphane Mallarmé, esta comunicação examinará as ressonâncias desse texto de homenagem ao simbolista francês tanto para a produção poética e crítica de Bandeira quanto para a reconfiguração do lirismo brasileiro, convergentes no que se refere à redefinição do espaço exterior pela paisagem da imensidão íntima. Para demons- trar a eficácia dessa mediação realizada por Manuel Bandeira, serão estudados textualmente poetas e críticos brasileiros modernistas e contemporâneos com quem Bandeira dialoga, evidenciando a produtividade dessa reflexão para o processo de internacionalização da poesia brasileira. Vista por esse ângulo de expansão das fronteiras nacionais, a leitura da produção conjunta de Manuel Bandeira antecipa o projeto desse poeta de traduzir a subjetividade da alma brasileira de modo a inseri-la na comunidade poética mundial. Assim, pois, a presente comunicação pressupõe que o exame da cartografia da alma desdobrada da cartografia espacial pela mediação de Manuel Bandeira, na transparência de Stéphane Mallarmé, far-se-á grão da voz poética iluminadora do Brasil contemporâneo. Palavras-chave: Subjetividade; Alteridade; Paisagem; Espaço; Tradução; Transgressão de fronteiras geográficas e disciplinares; Mundialização e memória. RESUMEN: Tomando como punto de partida la conferencia de 1942, pronunciada por Manuel Bandeira para celebrar el centenario de Stéphane Mallarmé, esta comunicación exami- nará las resonancias de ese texto de homenaje al simbolista francés, tanto para la producción poética y crítica de Bandeira como para la reconfiguración del lirismo brasileño, convergentes en lo que se refiere a la redefinición del espacio exterior por el paisaje de la inmensidad íntima. Para demostrar la eficacia de esa mediación llevada a cabo por Manuel Bandeira, serán estudiados, textualmente, poetas y críticos brasileños, modernistas y contemporáneos con los que Bandeira dialoga, evidenciando la productividad de esa reflexión para el proceso de internacionalización de la poesía brasileña. Vista desde esa perspectiva de expansión de las fronteras nacionales, la lectura de la producción conjunta de Manuel Bandeira anticipa el proyecto de este poeta de traducir la subjetividad del alma brasileña con el fin de insertarla en la comunidad poética mundial. Por lo tanto, esta Comunicación presupone que el examen de la cartografía del alma, desplegada de mapeo espacial a través de la mediación de Manuel Bandeira, en la transparencia de Stéphane Mallarmé, se transformará en la voz de iluminación poética del Brasil contemporáneo. Palabras clave: Subjetividad; Alteridad; Paisaje; Espacio; Traducción; Transgresión de fronteras geográficas y disciplinarias; Mundialización y memoria. ABSTRACT: Taking as a starting point the conference in 1942 delivered by Manuel Bandeira to celebrate Stéphane Mallarmé?s centenary, this work examines the resonances of that text, which pays tribute to the French symbolist, either in Bandeira?s poetic and critical production or in the reconfiguration of Brazilian lyric poetry, which are convergent as they redefine the external space from the landscape of one?s intimate immensity. To demonstrate the effectiveness of this mediation carried out by Manuel Bandeira, Brazilian modernist and contemporary poets and critics with whom Bandeira establishes a dialogue are studied. The productivity of this reflection to the internationalization process of Brazilian poetry is highlighted. From the perspective of the expansion of national borders, reading the joint production of Manuel Bandeira anticipates the poet?s project on translating the subjectivity of the Brazilian soul, in order to insert it into the world?s poetic community. Thus, this work assumes that the examination of the soul?s cartography, unfolded in a spatial mapping, through Manuel Bandeira?s mediation and in the transparency of Stéphane Mallarmé will result in the brilliant poetic voice of contemporary Brazil. Key words: Subjectivity; Alterity; Landscape; Space; Translation; Transgression of Geogra- phic and Disciplinary Borders; Worldwide Expansion and Memory.