O Imperador Francês, Napoléon Bonaparte definia História como ?um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo?. Na verdade, muitos dos factos passados, narrados e aceites pela comunidade, assentam num mosaico de fábulas, fantasias, ficções, gestas, lendas, mitos, mistérios, etc. No entanto, não devemos desprezar nem olvidar toda a panóplia de conhecimentos que absorvemos de inúmeros ilustres e célebres Historiadores da Antiguidade Grega e Romana, assim como tantos outros que se notabilizaram ao longo dos tempos, percorrendo as Idades Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Fernando Pessoa inicia o Poema, ?O Dos Castelos?, com uma descrição metafórica, repleta de alegorias, acerca do mapa Europeu, descrevendo-o como um ser feminino deitado sobre os cotovelos, com o esquerdo assente na Itália, alusivo à expansão Romana e o direito na Inglaterra, em referência ao Império Britânico: compara o seu perfil sinuoso aos da sublime Princesa por quem o Pai dos Deuses Helénicos se enlevou e que deu o nome ao nosso Continente, não se esquecendo dos românticos cabelos assemelhados aos fiordes, em representação da herança cultural do Norte Escandinavo, assim como dos olhos, simbolizadores da ancestral civilização e sabedoria Grega. Mas felizmente, a ?nossa? querida Europa não é apenas geografia e metáforas inteligentes: é também e acima de tudo, História. E é essa tão rica e gloriosa História Europeia, que nos propomos trazer, de modo breve, sucinto e singelo, para as páginas que compõe este compêndio.