MAR SEM NOME... A tua essência, não se perdeu... Que bom que é para mim, escutar-te... Perceber nos teus lábios, as minhas pulsações... Naquilo que é lícito em ti, entender... Saber de cor a suavidade da tua pele... Sentir o teu cheiro; também ele sem nome... Quero gastar-me contigo, até alcançar as nuvens... Dar braçadas, desfrutando os momentos por impulso... Colado a essa linha eterna, que define o horizonte... Perceber que caminhas descalço entre as rochas... Tu, transparente memória azul, sem letras... Pintura a óleo, que tens muito mais do que sal, nas tuas veias... Tu que cresces intenso, acostado ao premonitório... Esse amparo tão forrado de sinais... Como um grito de revolta por dizer... Olho para ti... Qual poça de vento... Qual folha de água, que na minha imaginação flutua... Assomas-te maré cristalina... Quero-te mesmo sem precisar de ter sede... Preciso muito do teu sorriso, mesmo que esteja ausente... Sobretudo, enquanto me sentir seguro de SENTIR!...