Este ensaio aborda questões éticas no final de vida, seguindo uma trajetória reflexiva que parte das escolhas que fazemos no dia a dia, das nossas capacidades, incapacidades e limites, para os processos de doença, passando necessariamente pela informação e pelo consentimento; desembocamos nas diretivas antecipadas de vontade não sem antes nos debruçarmos sobre os conceitos mais habitualmente associados ao final de vida, no eixo de apressar a morte, como seja a eutanásia e o suicídio assistido, ou retardá-la, nas faces diversas da distanásia e futilidade, ou procurar que seja natural e digna, nos cuidados paliativos. Assim, o assunto central deste ensaio é a nossa vida humana, na sua luminosidade e finitude, nas encruzilhadas de escolha e de decisões, conforme os próprios eventos se apresentam, considerando com particular atenção a dignidade no fim da vida