O número de pessoas que encontram na caminhada a sua atividade física preferida, quer por razões de saúde, necessidade de aventura ou evasão, convívio ou outras, tem crescido extraordinariamente nos últimos tempos. Da cidade ao campo ou na montanha, os eventos associados ao pedestrianismo repetem-se a um ritmo alucinante: percursos pedestres com ou sem necessidade de pernoita, simples caminhadas, peregrinações a Fátima ou Santiago, são realizados a título individual, a pares ou em grupos formais ou informais. A falta de conhecimentos e de preparação da atividade, a utilização de calçado, roupa, alimentação e tempos de marcha/pausa inadequados são as principais causas de insucesso ou problemas de saúde dos caminheiros. Em atividades realizadas na montanha, os problemas, acidentes e resgates são frequentes e estão associados à falta conhecimentos técnicos e de preparação física, à inexperiência, à falta de planificação, aos erros de orientação e à utilização de material inadequado. A massificação destas atividades veio reforçar a importância da sensibilização ambiental. A proteção da natureza torna imprescindível a abordagem da temática em contextos pedagógicos fomentadores duma nova atitude perante o meio natural.