Luísa Ramos divagava pelas ruas da sua cidade natal. Uma cidade do interior de Portugal que, pela sua pequenez e simplicidade, não conseguia suportar o peso dos seus sonhos. Eram sonhos inevitáveis, densos pela grandeza do seu conteúdo. Eram sonhos que baloiçavam o tempo e o espaço. Os contornos daquilo que ainda não tinha forma. O destino surgiu. Uma viagem de comboio aguardava a presença de Luísa. Um destino, imerso em aventuras inesperadas, aguardava a inspiração das suas palavras e dos seus gestos. Incorporou a menina que sonha e dança. Incorporou a mulher que decide e avança. Soube ser menina em Portugal. Quis ser mulher em Viena. O Mundo estava à sua espera. O seu amor também! Luísa é a prova de que o destino existe e de que o sonho é o único meio de o alcançar...